quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama Obama e mais Obama...


Nesses últimos dias se eu for contar quantas vezes escutei nos noticiários o nome do próximo presidente dos Estados Unidos da Améria, certamente ficaria enjoado, chega a doer tamanha cobertura dada a tal fato, tá, digamos, importante...
Meu espanto hoje foi com a comoção geral. Juro que me senti um extra-terrestre. Em casa, na rua, na padaria e nas escolas que trabalho só se falava de Obama. Com um olhar consternado, uma pessoa muito próxima chegou a me dizer: "eu queria estar em Chicago, ouvir Obama, participar da festa da vitória."
Festa de quem, cara-pálida?

Sinceramente, senti emoção mesmo quando Lula venceu em 2002. Aquilo me tocou, aquilo dizia respeito a mim.
Quanto a Obama, bem... Posso dizer que senti mais emoção com a conquista da Copa do Brasil do Sport do que com a vitória dele.
Sou um chato? Um mal-humorado?
Um nacionalista idiota? Talvez...

Deixemos a emoção de lado. E façamos, então, a leitura política dos fatos: a vitória de Obama significa uma virada de página, a derrota definitiva do conservadorismo, do projeto imperial americano, certo?
Não! Claro que não.
Obama derrotou o conservadorismo nas urnas, numericamente. Isso é fato.
Mas, a vitória dele não significa que ingressamos numa nova fase.

Não dá pra comparar com a vitória do Exército Vermelho sobre Hitler, por exemplo. Ou com a sova dos vietnamitas sobre as tropas imperialistas dos Estados Unidos. Muito menos com a queda do Muro de Berlim.

A vitória de Obama é uma vitória parcial. Muito parcial.
Uma vitória liberal. Como a de Carter nos anos 70. A de Clinton nos anos 90.
A diferença é o aspecto simbólico: agora é um negro governando um país racista.
Mas, por baixo do símbolo, há uma virada de página?
Sinceramente, acho que não!

Digo isso baseado nos números.
Vocês deram uma olhada no mapa da votação?
Ok, Obama ganhou na Flórida, no Novo México, no Colorado - territórios republicanos.

Mas, vocês viram qual foi à diferença na Flórida? Menos de 200 mil votos!
E a diferença nacional? Menos de dez milhões de votos!

Bush - como se sabe - quebrou os Estados Unidos, horrorizou o mundo, criou a terrível base de Guantánamo, passou por cima da ONU, e é o presidente estadunidense mais desprezado no Mundo nos últimos 50 anos.
McCain, candidato republicano, deveria ter levado uma surra homérica. Deveria ter sido caçado pelo eleitor, feito uma ratazana prenhe - como diria Nelson Rodrigues. No entanto, perdeu por pouco no voto popular.

No Colégio Eleitoral, a vitória de Obama foi esmagadora, isso é fato.
Mas, no voto popular, não!
Isso significa o que? Que o conservadorismo republicano está mais vivo que nunca. Vai se reagrupar.
A direita religiosa, os intervencionistas, os imperialistas, os racistas, a horda de bárbaros que levou Bush ao poder segue firme.
Despreza o que o mundo possa pensar, desconfia dos negros, dos latinos, e vai partir pra cima de Obama assim que se passarem os cem dias tradicionais de trégua no início de governo.

Mas, isso não é o mais grave. Isso é problema deles!

O que interessa a nós é que a máquina de guerra dos Estados Unidos não vai desaparecer.
O Imperialismo assumirá novas faces. Vem aí, de volta, o "soft power".
Clinton visitou o morro da Mangueira, vocês lembram? Obama também deve passar por lá nos próximos anos. Pode dar um pulo até o Haiti, um giro pela África, bater um papo com o Fidel...

Não acredito que a vitória de Obama abra uma nova fase na história mundial.

O Capitalismo não muda porque um negro chegou à presidência dos EUA.
O Capitalismo segue em crise. Os "red necks", que formam a base republicana na América profunda e que votaram de forma esmagadora em McCain, vão perder seus empregos com a crise que seguirá imensa. Mas, não botarão a culpa no legado de Bush. Vão pra cima de Obama, cobrando que ele "Salve a América".

Obama não poderá salvar os Estados Unidos de seus próprios erros...

Ele é apenas um liberal que venceu porque o adversário conservador quebrou o país.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cidades Globais


Cidades globais são aquelas que possuem uma relativa influência no cenário mundial, geralmente abrigam entidades, organizações, conferências internacionais, instituições financeiras etc. Uma cidade global não se caracteriza pelo número de habitantes, desse modo existem centros urbanos que aglomeram milhões de pessoas e não se destacam com essa condição, há também aquelas de pequeno porte de enorme importância no cenário mundial.  Todas as cidades globais não se encontram em um mesmo nível de influência, com base nesse fato esses centros urbanos foram classificados em três grupos, denominados de grupo alfa, beta e gama. Hoje são considerados cidades globais 55 centros urbanos dispersos pelo mundo. A Europa é o continente que possui maior quantidade de cidades (22) com tal característica.  A instituição responsável por classificar as cidades como global ou não, é a Universidade de Loughborough (Londres) em uma fase inicial e posteriormente aperfeiçoada pela Globalization and World Cities Study Group & Network. Os níveis de influência das cidades atingem até 12 pontos na classificação.  Grupo Alfa (10 a 12 pontos): Composto por um restrito número de cidades, são elas: Londres, Nova York, Paris, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Frankfurt, Milão, Hong Kong e Cingapura.  Grupo Beta (7 a 9 pontos): Constituído por 10 cidades, entre elas quatro européias, são: São Francisco, Sidney, Toronto, Zurique, São Paulo, Cidade do México, Madri, Bruxelas, Moscou e Seul.  Grupo Gama (4 a 6 pontos): Formado por 35 cidades, 14 delas européias, são elas: Osaka, Pequim, Boston, Washington, Amsterdã, Hamburgo, Dallas, Dusseldorf, Genebra, Xangai, Montreal, Roma, Estocolmo, Munique, Houston, Barcelona, Berlim, Jacarta, Johannesburgo, Melbourne, Praga, Santiago, Taipe, Varsóvia, Atlanta, Budapeste, Buenos Aires, Copenhague, Istambul, Kuala Lumpur, Manila, Miami, Mineapolis, Bangcoc e Caracas.

Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola (http://www.brasilescola.com)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Distribuição do Fluxo de Produtos Agrícolas, Industrializados e combustíveis Fósseis


Para os Alunos da 8ª Série. (Colégio Apoio)


Bom pessoal como vimos, na resolução do 4º quesito, na página 94, no capítulo 5 pra ser mais exato. Pudemos analisar a distribuição dos fluxos de mercadorias ao analisarmos os gráficos e chegamos a bastantes conclusões e até pudemos constatar algumas "coincidências", Então para que não restem dúvidas, nesta questão, que é praticamente um resumo sobre o comércio mundial, vamos aos pontos principais:

Como eu falei, ela é uma questão complexa, porém a resposta está na análise correta dos gráficos, a 1ª dica e dividi-la em 3 questões, Produtos agrícolas, Industrializados e Combustíveis fósseis. E depois fazer as inter-relações entre tais fluxos. Então vamos lá, transcrever as análises que fizemos.

A Europa é o maior exportador e importador de produtos agrícolas, seguida da Ásia e América do Norte. Destes só a América do Norte tem superávit no comércio agrícola.

No comércio de produtos industrializados o padrão é bem evidente: Europa, Ásia e América do Norte. As regiões compostas predominantemente por países industrializados (desenvolvidos emergentes) são grandes exportadores e importadores de produtos maquinofaturados. No entanto, Europa e Ásia apresentam superávit, e a América do Norte apresenta déficit em razão da grande quantidade de importações americanas.

As regiões de países em desenvolvimento e os ex-países socialistas (representados no gráfico pela Comunidade de Estados Independentes), tem uma pequena participação nesse comércio e todos apresentam déficit. E a África, o continente menos industrializado do mundo e mais marginalizado da globalização tem uma baixíssima e quase irrelevante participação.

Quanto ao fluxo dos combustíveis fósseis, o padrão é bem evidente: os países industrializados são os maiores importadores (Europa, Ásia e América do Norte), os em desenvolvimento são os principais exportadores com destaque para o Oriente Médio.

terça-feira, 17 de junho de 2008





“Resumão do Peixão:” FLUXOS


Para que não restem dúvidas, e que vocês notem que o assunto sobre Globalização, principalmente os fluxos de capitais, tanto produtivos quanto especulativos, não são complicados quanto parecem, vai aqui uma super síntese.

Lembro a todos que essa síntese não deverá ser copiada na ficha, espero que absorvam o assunto, busquem entender sua construção.

Fluxos de capitais produtivos.

Também conhecido como investimento estrangeiro, pois estamos tratando do fluxo entre países, pois obviamente existem fluxos entre cidades, estados e regiões.
Esses investimento estrangeiros, ou externos vem crescendo principalmente desde o fim da II Grande Guerra, concomitante ao surgimento das grandes empresas/indústrias multinacionais.

Esses investimentos externos, segundo o nosso livro didático, é a face mais visível da globalização, pois se materializam em instalações industriais, redes de lojas, supermercados, lanchonetes, hidrelétricas e etc. (Lembrem-se, esta é a parte mais visível da globalização).

E por que existe tanto empenho em investir em capitais produtivos?Simples, porque esse fluxo gera riquezas e estimula o crescimento econômico, criação de empregos, aumento da arrecadação de impostos, etc. E ainda pode aumentar o volume de divisas, reservas em moeda forte, principalmente o Dólar e o Euro, caso a produção esteja voltada para a exportação, ou pelo menos parte dela.

Logo, os principais agentes do fluxo de capital produtivo são as multinacionais e as transnacionais, que vocês poderão estudar no livro, nas páginas 72 e 73 do capítulo 4*, contudo, tais empresas investem de forma diferenciada fora do seu país-sede, vimos em sala que elas podem investir em mão-de-obra barata e em grande quantidade, que não requer alta especialização, visando o incremento do lucro, e também os incentivos fiscais que os paises em desenvolvimento costumam ceder, bem como as facilidades para a exportação. E também vimos que elas instalam-se em países desenvolvidos por causa do seu amplo mercado consumidor.

Fluxos de capitais especulativos.

Conhecido também como fluxo financeiro, é o que talvez melhor represente a globalização, em razão da sua velocidade e de quantidade de circulação. Hoje é muito fácil transferir grandes quantidades de dinheiro, pois o dinheiro tornou-se eletrônico, virtual, nada mais que informação que circula em tempo real, não se sabe ao certo quanto o volume de capital que circula no mundo, estima-se em 1,5 trilhão de dólares por dia. E as possibilidades de se investir de forma especulativa são em ações, em moedas, em títulos da dívida pública, etc. Vejam no livro nas páginas 74 e 75 do capítulo 4*, o que significa especular nesse caso.

Os capitais especulativos quase não geram empregos e tendem a tornar vulnerável a economia dos países, especialmente os emergentes. Na maioria das vezes, os operadores das empresas financeiras retiram o dinheiro dos países no memento em que eles mais precisam de capital.


SUPER HYPER ULTRA MEGA COLOSSAL MONSTER DELUXE TURBO LUXO SÍNTESE "bizú":

Fluxo de capital produtivo - que tem origem em prestação de serviço ou venda de produto.


Fluxo de capital especulativo - das bolsas de valores, valorização de imóvel, circulação financeira.


Fluxo de capital - que não tem origem em prestação de serviço ou venda de produto.



* - Para aqueles que por aqui passam e não sabem o material usado por nós, é o livro, Trilhas da Geografia, de João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene, Espaço Geográfico e Globalizado. 8ª Série, 9º ano do Ensino Fundamental.


sexta-feira, 6 de junho de 2008


O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CRISE MUNDIAL DE ALIMENTOS?
Atualmente você ouve muito sobre a crise financeira mundial. Mas há outra crise mundial em andamento -e está prejudicando muito mais pessoas.Eu falo sobre a crise de alimentos. Nos últimos dois anos os preços do trigo, milho, arroz e outros alimentos básicos dobraram ou triplicaram, com grande parte do aumento ocorrendo nos últimos poucos meses. Os altos preços dos alimentos incomodam até mesmos os americanos relativamente prósperos, mas são realmente devastadores nos países pobres, onde os alimentos freqüentemente são responsáveis por mais da metade das despesas de uma família.Já há ao redor do mundo tumultos causados por alimentos. Os países fornecedores de alimentos, da Ucrânia até a Argentina, estão limitando as exportações em uma tentativa de proteger os consumidores domésticos, levando a protestos furiosos dos produtores rurais -e tornando as coisas ainda piores nos países que precisam dos alimentos importados.Como isto aconteceu? A resposta é uma combinação de tendências de longo prazo, azar e política ruim.Vamos começar pelas coisas que não são culpa de alguém.Primeiro, há a marcha dos chineses comedores de carne -isto é, o crescente número de pessoas nas economias emergentes que estão, pela primeira vez, ricas o bastante para começarem a comer como os ocidentais. Como são necessárias cerca de 700 calorias em ração animal para produzir um bife de carne bovina de 100 calorias, esta mudança na dieta aumenta a demanda geral por grãos.Segundo, há o preço do petróleo. A agricultura moderna é altamente intensiva em energia: muita BTU (unidade térmica britânica) é usada na produção de fertilizante, na operação de tratores e no transporte dos produtos agrícolas aos consumidores. Com o petróleo persistentemente acima de US$ 100 o barril, os custos de energia se tornaram o principal fator por trás dos aumentos dos custos agrícolas.Os altos preços do petróleo, a propósito, têm muito a ver com o crescimento da China e de outras economias emergentes. Direta e indiretamente, estas potências econômicas em ascensão estão competindo com o restante de nós por recursos escassos, incluindo petróleo e terras agrícolas, elevando os preços de matérias-primas de todo tipo.Terceiro, houve uma seqüência de condições meteorológicas adversas em áreas-chave de cultivo. A Austrália, em particular, normalmente a segunda maior exportadora de trigo do mundo, vem sofrendo uma seca épica.OK, eu disse que estes fatores por trás da crise dos alimentos não são culpa de ninguém, mas não é bem verdade. A ascensão da China e de outras economias emergentes é a principal força por trás do aumento dos preços do petróleo, mas a invasão ao Iraque -que seus proponentes prometeram que levaria a petróleo mais barato- também reduziu a oferta de petróleo abaixo do que estaria caso contrário.E o clima ruim, especialmente a seca australiana, está provavelmente relacionado à mudança climática. Assim, políticos e governos que ficaram no caminho da ação contra os gases do efeito estufa têm alguma responsabilidade pela escassez de alimentos.Mas onde os efeitos de políticas ruins estão mais claros é na ascensão do demônio etanol e outros biocombustíveis.A conversão subsidiada de produtos agrícolas em combustível deveria promover a independência energética e ajudar a limitar o aquecimento global. Mas esta promessa era, como colocou a revista "Time", um "embuste".Isto é particularmente verdadeiro em relação ao etanol de milho: mesmo nas estimativas otimistas, a produção de um galão de etanol de milho usa grande parte da energia que o galão contém. Mas, na verdade, até mesmo políticas de biocombustíveis aparentemente "boas", como a usada pelo Brasil com o etanol de cana-de-açúcar, aceleram o ritmo da mudança climática ao promover o desmatamento.E enquanto isso, a terra usada para cultivo de ração e biocombustível é terra não disponível para o cultivo de alimentos, de forma que os subsídios aos biocombustíveis são um grande fator na crise dos alimentos. Seria possível colocar desta forma: as pessoas estão passando fome na África para que políticos americanos possam cortejar eleitores nos Estados rurais.Ah, e em caso de você estar se perguntando: todos os candidatos presidenciais que restam são terríveis nesta questão.Mais uma coisa: um motivo para a crise dos alimentos ter ficado tão severa, tão rapidamente, é que os grandes agentes no mercado de grãos se tornaram complacentes.Governos e mercadores privados de grãos costumavam manter grandes estoques em tempos normais, para o caso de uma safra ruim criar uma escassez repentina. Mas ao longo dos anos, foi autorizado que estes estoques preventivos encolhessem, principalmente porque todos acreditavam que os países que sofressem quebra de safra sempre poderiam importar o alimento necessário.Isso deixou o equilíbrio mundial de alimentos altamente vulnerável a uma crise que afeta muitos países ao mesmo tempo -da mesma forma que a negociação de títulos financeiros complexos, que deveriam afastar o risco por meio da diversificação, deixaram os mercados financeiros mundiais altamente vulneráveis a um choque por todo o sistema.O que deve ser feito? A necessidade mais imediata é de mais ajuda para as pessoas em dificuldades: o Programa Mundial de Alimentos da ONU fez um apelo desesperado por mais fundos.Nós também precisamos reagir contra os biocombustíveis, que revelaram ser um erro terrível.Mas não está claro quanto precisa ser feito. Alimento barato, assim como o petróleo barato, pode ter se transformado em algo do passado.


Fonte:
Paul Krugman

New York Times,08/04/2008

Uol Mídia Global

Tradução: George El Khouri Andolfato

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Datas





Lembrando que os Trabalhos sobre Globalização (8ª's Séries), E sobre Bacias Hidrográficas (7ª's Séries) - Do Colégio Apoio - Não serão mais aceitos, as datas foram finalizadas. As provas estão em processo final de correção e deverão ser entregues neste dia 06/06, exceto as da 7ª B, que foram realizadas no dia 05/06.

Os trabalhos sobre deverão ser entregues nos dias 19 ou 20, visto que merecem uma apreciação mais detalhada, lembrando que as cópias literais de sites serão sumariamente desconsideradas.
E Atentem para os exercícios que já foram passados, a qualquer momento eles podem ser cobrados.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Bem vindos.


Olá pessoal, venho através deste canal, trazer mais uma fonte para nossas informações, sugestões e reclamações. E claro, que tudo esteja ligado a Disciplina de Geografia, a Ciência geográfica e assuntos afins. Por aqui vocês serão lembrados de datas, trabalhos e tarefas a serem entregues, lembrando que mesmo assim, todas as anotações na agenda serão necessárias. Desde já vamos aproveitar.